Publicado por: caeaunilasalle | dezembro 7, 2009

Cursos de água: erosão e suas soluções

Hoje vou apresentar um texto que fiz a partir do livro “Bioengenharia – Manejo biotécnicao de cursos de água” do Miguel Durlo e Fabrício Sutili (este último foi palestrante de um mini-curso sobre Engenharia Natural).

Começo lembrando de dois conceitos básicos: os processos endógenos e exógenos. O primeiro se refere aos movimentos da crosta terrestre, já o segundo envolve o clima,vegetação, água, vento, temperatura, e o próprio homem.

A água é o agente mais importante em questão de modelação exógena do relevo, seu efeito de intemperismo ocorre em vários níveis e locais, em diversas formas físicas e químicas, compreendendo todo o seu ciclo natural. A partir do seu escoamento superficial, principalmente através dos cursos de água, resulta importantes efeitos na modelagem da paisagem, seja escavando e/ou transportando materiais de áreas mais elevadas em direção as mais baixas. Nesse processo todo ligamos a água ao processo de erosão, mas também ela tem vital influência na estabilidade das encostas.

Entende-se a erosão como o transporte e sedimentação tanto de materiais provindos através da ação de corrosão de margens e/ou escavação do leito, como de todos os produtos do intemperismo que chegam ao fluxo da água. A compreensão dos processos geomorfológicos – principalemente a geomorfologia fluvial – é imprescindível para o estudo e manejo dos cursos fluviais.

O homem, agente de processos exógenos e raramente endógenos, pode interferir sobre esta dinâmica da interação de forças naturais. Entre as forças exógenas encontra-se um conjunto de fatores processuais que não podem ser facilmente influenciados pelo homem, a curto ou médio prazo, e outras que são manipuladas de maneira mais fácil pelas ações humanas.

Não se consegue modificar o clima ou geologia local, mas com determinadas técnicas através da vegetação é possível influenciar certas características locais. Com pequenas intervenções no leito e canal, apoiadas ou não por medidas vegetativas, podem alterar o fluxo da água e a tensão de erosão suportada pelo leito, controlando processos fluviais.

Para estimar possíveis problemas e propor qualquer ação mitigadora deste tipo é preciso ter conhecimento pleno das causas, das formas de ação e das conseqüências dos processos que modelam a paisagem local. O homem não tem controle direto com os movimentos endógenos, mas é um dos agentes capazes de interagir com os fatores processuais e de resposta, que são tecnicamente influenciáveis e, portanto, ferramentas para o manejo de cursos de água.

Futuramente vou escrever mais algum texto em relação a bioengenharia.

Mais informações: Bioengenharia


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  1. […] Introdução aos cursos de água e erosões […]


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