Publicado por: caeaunilasalle | abril 1, 2010

Entrevista com NEPA

O Observatório Eco fez uma entrevista com o coordenador do NEPA (Núcleo de Estudos em Percepção Ambiental), Roosevelt S. Fernandes.
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Observatório Eco: Dentro das pesquisas que o NEPA (Núcleo de Estudos em Percepção Ambiental) realiza sobre a percepção ambiental, para as pessoas entrevistadas, o aquecimento global é mito ou realidade?
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Roosevelt S. Fernandes: Nossa pesquisa feita na Região Metropolitana da Grande Vitória (ES) ainda está em andamento. Entretanto, há pesquisas desenvolvidas por outros grupos que evidenciam que esta preocupação é elevada.
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Temos certo receio em assumir, na totalidade, estes resultados, pois nossa premissa é que na sociedade, a maioria tem acesso a relatórios de pesquisas científicas, mas apenas ao que lê através da mídia, portanto, ainda não tem o real conhecimento do que é aquecimento global. Quando muito já ouviu falar no termo e acaba afirmando que ele é importante já que tanta gente está discutindo o assunto.
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Nossa pesquisa, antes de ir à caça de respostas como esta, visa, também, saber se quem está respondendo sabe o que exatamente é o termo. Queremos diferenciar o “já ouvi o termo” de “sei o que ele se refere”.
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O NEPA se dedica ao estudo da percepção ambiental e social em segmentos formadores de opinião e, deste modo, possuem um razoável conhecimento do encaminhamento de pesquisas.
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Observatório Eco: O que significa a expressão “lacunas do conhecimento ambiental”? Quais as mais graves lacunas? Dê exemplos, por favor.
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Roosevelt S. Fernandes: Como estudamos a percepção ambiental em segmentos formadores de opinião, é de se esperar que certos grupos tenham um nível esperado, mínimo, de conhecimento. Quando este conhecimento mínimo não é identificado usamos o termo “lacuna de conhecimento”, ou seja, são pontos que exigem ações de intervenção para resolver ou minimizar a “lacuna”.
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Pesquisa que realizamos em 2006, com os delegados de todos os Estados presentes na II Conferência Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente, revela que os estudantes querem interação com as comunidades do seu entorno, deixando de lado a tese generalizada, de que os assuntos ligados ao meio ambiente deveriam estar distribuídos por todas as disciplinas.
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Evidências como essa, mesmo que contrarie as premissas pedagógicas vigentes, não podem ser ignoradas, sob pena de estarmos impondo condições ao invés de ajustar condições as realidades do sistema.
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Confira a íntegra da entrevista em ObservatorioEco

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